sexta-feira, 15 de julho de 2011

A fotografia pode não ter férias...

Pois... regra geral, "tiramos" férias para ir para a praia, para não fazer absolutamente nada, para quebrar a rotina, para recarregar baterias, para fazer "aquela viagem", para mudar o nosso cenário habitual, para sentir-mos alguns prazeres da vida ou apenas para descansar.
Mas o que pode ser comum a tudo isto é a fotografia. Carregamos intensamente no botão quanto mais não seja para mostrar aos nossos amigos onde estivemos, sempre connosco lá bem no meio do cenário tipo "testemunho" (como se eles, os nosso amigos, não acreditassem em nós e nós não tenhamos provas do que estamos a dizer) e de preferência como está agora tão na moda, para meter instantaneamente no facebook.
Mas há a outra fotografia, aquela que nos acompanha todos os dias do ano, em trabalho ou em lazer, aquela que utilizamos para contarmos histórias.
Histórias da vida.
Da nossa vida.
E essa não pára, não tem férias.
Faz parte de nós.
Todos os dias.

Fotografias de 2010, em Aveiro. Passeio nos moliceiros turísticos.
Posto de turismo fechado e um guia (de amarelo) que me fez lembrar de como está o turismo em Portugal.
Não fiquei a saber muito mais sobre Aveiro mas que assisti a bons momentos de quase stand-up comedy, lá isso assisti.
Quanto á viagem espero que quando passar por lá se divirta tanto como eu me diverti a fazer estas fotografias.

E se for caso disso, boas férias.















Parei de escrever quando comecei a ouvir "ao Sul", Ala dos Namorados, ao vivo no S. Luiz, em 2004.
Fotografia e musica. Nunca estão de férias.

Ao Sul
Ao sul,
entre dois braços abertos
bate um coração maltez
que se rende, que se dá de vez.


Por amor,
quantos frutos que criei
quantos ramos que estendi
pela raiz que abraeci, ao sul


Cada um tem a sina que tem
os caminhos são sempre de alguém
Ao sul (bis)


Ao sul,
à procura de uma morte
sob águas desse rio
onde a barca dos sentidos nunca partiu


Ao longe,
inventei o dia azul
e o desejo de partir
pelo prazer de chegar
ao sul


Cada um tem a sina que tem
os caminhos são sempre de alguém
Ao sul (bis)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Olhares sentidos

Não é habitual nem normal colocar aqui fotografias que não são da minha autoria.
Também o olhar fotográfico da Lília não é habitual, nem normal, por isso tenho todo o prazer em mostrá-lo aqui.
E é daqui da região.
Do vasto trabalho que ela nos mostra no facebook realço aqui apenas um dos seus álbuns, o “Olhares Sentidos”.
Com a respectiva autorização e a conveniente vénia, fica aqui uma pequenina mostra de parte do seu trabalho.
É que os olhares da Lília têm uma particularidade: são olhares desprovidos de qualquer formação técnica fotográfica. São apenas olhares… sentidos.
Mesmo.
Ah, e fica aqui a promessa de que voltarei aqui com mais do seu trabalho.
O trabalho da Lília é viciante. E faz-nos sentir pequeninos.
É uma boa oportunidade para refletir sobre o que é, afinal, a fotografia…
Deixo-vos com as fotografias e as palavras de Lília.
 
..será que a luz que me agarra é sombra de luar...será?
 
Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados
Voltam para "TI"...


Não me prendas
Com palavras
Com gestos
Deixe-me livre
Deixe-me só
Deixe-me ....

Desculpa o silêncio
Que trago em mim,
São gritos que penso
Que calo assim...
(Abrunhosa Letra : Onde Te Vais Esconder )

Tenho tantos segredos
Que te quero contar
E uma noite não chega...
(Abrunhosa / Letra : Dá-me o tempo)

....iluminaste a minha "noite".

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Marcas

Colocar as nossas músicas favoritas em modo aleatório enquanto estamos a trabalhar, é uma caixinha de surpresas. Há que tempos que não ouvia November Rain dos Guns n’Roses.
Viajar até á época da chuva e do frio foi um instante.
Sentir a chuva a escorrer no rosto… e com o calor que tem estado, seria mesmo reconfortante. Arrefecíamos.
Sim, como as coisas estão, agora podemos misturar isto tudo.
Já não sabemos quando é verão ou inverno. Até poderia ser a June Rain, July Rain ou mesmo December Rain ou January Rain. Tanto faz. Desde que nos refrescasse o corpo e a alma...
Bem, vou clicar de novo o Play e vamos ver o que me vai sair desta vez.
Talvez depois vos diga.

A fotografia é sempre sinónimo de subjectividade. É sempre uma representação.
Sobre esta fotografia  - A vida é um jogo… temos o nosso espaço… a nossa ideologia… a nossa forma de ver o mundo… acreditamos nela... e temos de a defender…  defender as nossas posições… os nossos sonhos… as nossas vontades… as nossa convicções… e, mesmo que tenhamos de abandonar esse espaço, mesmo que apenas temporariamente, a nossa marca fica lá… à espera que voltemos. E durante esse tempo temos de ter a consciência de que tudo á nossa volta continua passível de ser transformado.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Contradições

Segunda-feira, 13 de Junho, Festas da Cidade, Abrantes.
Muita gente aguardava Jorge Palma. Como eu.
Mas logo que começou o concerto, já havia gargalhadas à minha volta.
Jorge Palma esquecia-se das letras, (das que até eu sei de cor), negava aos restantes elementos a ordem do espectáculo, não encontrava as letras, trocava os instrumentos… Não, não era assim que eu gostaria de recordar este espectáculo. Para mim, será difícil voltar a assistir a outro concerto do Palma.
Prefiro ficar na memória com os excelentes momentos que o Jorge já me proporcionou, ao vivo. Mas vou continuar a ouvir os seus discos com a mesma vontade e a mesma frequência com que ouvia antes.
E os seus últimos trabalhos são mesmo muito bons. Pena é que as rádios se tenham ficado pelo “Dormia tão sossegado” (No tempo dos assassinos, 2001) ou “Encosta-te a mim” (Voo nocturno, 2007). Isto para não falar no esquecido “Norte” (2004).

Sexta-feira, 1 de Julho, Mostra de Mação.
Manuela Azevedo e o seu Clã, subiam ao palco.
No largo… quase ninguém.
Não é motivador subir a um palco sem estar a ouvir assobios, gritos ou palmas.
Só o silêncio e um espaço enorme á frente do palco.
Não, não era assim que eu gostaria de recordar um concerto. Mas desta vez, vou voltar sempre que tenha oportunidade de ver e ouvir Clã ao vivo. Apesar da pouca gente que ainda se foi juntando, os Clã foram altamente profissionais e competentes. E divertiram-se. O seu novo trabalho “disco voador” inspirado e trabalhado para os mais novos é muito interessante, com um ritmo maduro e sobretudo, muito inteligente.
E aconteceu o inédito. Depois do “encore”, Manuela Azevedo perguntou se podiam tocar mais uma.
Parabéns Clã. Um dos melhores grupos nacionais. Sem dúvida.

Jorge Palma - Abrantes




Clã - Mação